Como morreu Marco Polo
Marco Polo foi um mercador veneziano e aventureiro, que viajou da Europa para a Asia no século XIII, uma viagem que durou 24 anos. As suas histórias e aventuras são conhecidas por todo o mundo através do livro: As Viagens de Marco Polo, ou Il Milione, onde Marco Polo acaba por descrever com bastante pormenor as culturas e a geografia dos locais onde passou além dos cargos que ocupou no império mongol de Kublai Khan. Para saber mais sobre este grande aventureiro e descobridor continue lendo esse artigo do umComo: Como morreu Marco Polo.
Primeiros anos
Marco Polo nasceu em 1254 na cidade de Veneza, Itália. Filho de mercador, cedo aprendeu a arte do ofício, foi criado por uma parte da família, a mãe morreu quando era novo e o pai andava sempre fora em negócios. Aos 15 anos depois do regresso de seu pai Niccolo e seu tio Maffeo da China, decide acompanhá-los no regresso ao império de Kublai Khan.
A viagem à China
Em 1271 inicia a viagem que iria mudar a sua vida. A mando do imperador mongol, os Polos deveriam levar consigo 100 padres para ensinar e espalhar o Cristianismo pelo império (o maior da história). Apenas dois padres seguiram com eles, mas cedo voltaram para casa quando perceberam as dificuldades que a viagem representava. Durante o trajeto Marco Polo foi aprendendo línguas, locais, culturas e etnias que mais tarde iria retratar no seu livro.
A dada altura da viagem Marco Polo adoeceu e tiveram de se refugiar nas montanhas do Afeganistão para que recuperasse. Ao atravessarem o deserto de Gobi, Marco conta que atravessá-lo era tão difícil que por vezes parecia que demorava um ano, e mesmo na parte menos extensa a travessia não se fazia em menos de um mês. Ao fim de 4 anos de viagem chegaram à China e encontraram-se com Khan no seu palácio de mármore.
Estadia na China
Os Polos permaneceram na China durante 17 anos. Tempo mais do que suficiente para Marco aprender os costumes, a cultura e a língua mongol. No seu livro, Marco Polo fala da rede de informação eficiente e econômica montada pelo imperador. Permitindo que mensagens chegassem aos vários pontos do império rapidamente e sem grandes custos. Segundo o veneziano, Khan apreciava bastante as suas capacidades de mercador e os conhecimentos de seu pai e tio, ao ponto de lhes conceder posições elevadas na sua Corte.
Marco tornou-se enviado especial do imperador, para locais nunca explorados por Europeus como Tibete, Índia e Burma. Levava consigo uma placa de ouro com inscrições dada por Khan para que lhe reconhecessem a importância e o cargo de Marco e a liberdade para aceder aos cavalos e a rede de estradas. Mais tarde acabou sendo promovido a responsável de impostos na cidade de Yanzhou. Marco Polo conseguiu recolher além de um vasto conhecimento, uma incrível fortuna. Uma das coisas que mais o surpreendeu foi a utilização de papel dinheiro que na Europa continuava desconhecida, e também de carvão, que apenas passou a ser utilizado na Europa no século XVIII.
Regresso a casa
Depois de passarem tantos anos na Corte de Khan, os Polos decidiram que estava na altura de voltar a casa. O problema era o imperador que não pretendia perdê-los. Contudo, ele acabou por aceitar desde que eles acompanhassem a princesa Mongol para casar com um príncipe Persa. Desta vez fizeram a viagem de regresso de barco, mas das centenas que os acompanhavam apenas sobraram duas dezenas de pessoas, depois de terem sobrevivido a tempestades e doenças. Enquanto isso o imperador faleceu, o que permitiu um regresso a casa mais descansado.
A viagem durou apenas dois anos, período no qual Gênova e Veneza entraram em guerra, com a morte do imperador Khan e a chegada à Turquia, território fora do império Mongol, os Polos sofreram uma apropriação de 3/4 da fortuna que carregavam. Ao fim de mais de duas décadas fora, chegaram a Veneza onde eram praticamente desconhecidos pelo tempo que estiveram fora, e pela quase incapacidade de falarem a sua língua nativa.
Guerra, Livro e Morte
Após alguns anos do seu regresso, Marco Polo comandou um navio de guerra contra a cidade de Gênova. Acabou prisioneiro numa cela com Rustichello, a quem acabaria por contar as suas aventuras da viagem à China. Mais tarde, esse mesmo Rustichello seria responsável pelo livro atualmente conhecido por As Viagens de Marco Polo. O livro acabou por tornar Marco Polo numa celebridade, e foi escrito em três línguas. Inicialmente pensavam que era uma obra de ficção, e não realidade. Acabando por dar outro nome ao livro, Il Milione (O Milhão de Mentiras).
Marco Polo seguiu com a sua vida depois de sair da prisão, casou e teve três filhas. Continuou o negócio da família e viveu até aos 70 anos. Em Janeiro de 1324 chamou um padre para escrever o seu testamento e tornou a sua mulher e filhas como executantes da sua vontade final. No leito da morte devido a doença prolongada, Marco Polo distribuiu os seus bens pela família e Igreja, perdoou dívidas, liberou um servo tártaro. Acabaria por falecer no dia 8 de Janeiro de 1324, deitado na sua cama, admitindo que não contara nem metade do que tinha visto. Contudo as suas histórias e viagens foram influenciando outros descobridores ao longo da História, entre eles Cristóvão Colombo.
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