Por que o Brasil não faz parte da Otan?

A Otan foi fundada em 1949 com o intuito de proteger os países-membros de possíveis ameaças da União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Ela surgiu com o intuito de conter a expansão do socialismo soviético na Europa Ocidental e, ao mesmo tempo, defender a expansão do capitalismo norte-americano.

Seu objetivo é manter uma paz duradoura, garantir a segurança dos países-membro. A fim de manter a paz, as políticas comerciais e econômicas entre membros são amplamente encorajadas, com o objetivo de ajuda mútua em todos os aspectos, para que todos possam prosperar e manter a estabilidade.

Se quiser entender mais sobre a Otan, veja também o nosso artigo sobre O que é a Otan.

Por meio de declaração, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, afirmou que o Brasil, assim como outros países da América Latina, podem tornar-se países parceiros da Otan, mas não integrar efetivamente o grupo.

Segundo o secretário, para que o Brasil seja considerado um país parceiro, ele deve apresentar um requerimento à organização. E somente o requerimento não é garantia de que o Brasil ou qualquer outro país da América Latina possa tornar-se um país parceiro. Para isso, todos os demais países-membro devem avaliar e tomar uma decisão.

Durante o governo Bolsonaro, o Brasil tentou uma aproximação da Otan com o respaldo do então presidente americano Donald Trump. Na ocasião, Trump disse querer que o Brasil fosse um aliado extra-Otan prioritário ou, até mesmo, um país-membro, mas isso não aconteceu.

A Colômbia foi o primeiro país da América Latina a receber o título de país-parceiro da Otan, o que aconteceu no ano de 2017. Isso significa que o país e a organização podem cooperar, porém a Colômbia não faz parte dos países que podem pedir apoio militar à Otan em caso de necessidade ou de um possível ataque, mas também não está obrigada a entrar em conflito ou dar apoio caso algum país-membro seja atacado.

Os países que não fazem parte do tratado também podem receber o status de aliados extra-Otan, que não é o caso da Colômbia, que estabeleceu uma simples parceria. Os aliados extra-Otan possuem os seguintes benefícios^[1]:

• Tornar-se comprador preferencial de equipamentos e tecnologia militares dos EUA;
• Participar de leilões organizados pelo Pentágono para vender produtos militares;
• Ganhar prioridade para promover treinamentos militares com as Forças Armadas norte-americanas.

São aliados extra-Otan e passíveis dos benefícios supracitados, os seguintes países:

• Argentina
• Austrália
• Bahriein
• Egito
• Israel
• Japão
• Jordânia
• Kuwait
• Marrocos
• Nova Zelândia
• Paquistão
• Filipinas
• Coreia do Sul
• Tawain
• Tailândia
• Afeganistão
• Tunísia

A Otan detém um programa chamado Parceria para a Paz (PpP), um acordo bilateral entre países-membros e países que não necessariamente possam tornar-se membros, mas que estão dispostos a formular acordos de paz fortes.

Se você gostou de entender por que o Brasil não faz parte da Otan e quer continuar aprendendo sobre o nosso país, sejam informações sobre política ou não, leia também: Curiosidades sobre o Brasil.

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