O que é privatização
Muitas vezes, quando estamos vendo os telejornais ou lendo as notícias nos periódicos jornalísticos, ouvimos termos como privatização ou desestatização. Esses termos se referem a políticas governamentais e econômicas acerca de empresas e instituições estatais. O processo de privatizar algo é passar um bem público para a iniciativa privada. Nesse artigo feito por umComo, vamos compreender o que é a privatização e quais são os benefícios e malefícios que estão envolvidos nessa política governamental.
Índice
O que significa privatização
O processo de privatização ou desestatização é a venda ou disponibilização de bens públicos para as mãos do interesse privado. Falando de uma maneira mais didática, um bem do governo (um terreno, por exemplo) é vendido a um empresário para que ele possa fazer a gestão. Essa prática é bem comum em governos de direita econômica, que defendem o livre mercado.
O Brasil teve um intenso fluxo de privatização durante os anos 90, com a desestatização da Vale do Rio Doce, de todas as companhias telefônicas e também das companhias de energia elétrica. Hoje a Vale do Rio Doce é de Murilo Ferreira e seus acionistas, a antiga TELESP hoje é Telefônica, cujo dono é um espanhol e isso se deu muitas outras empresas e propriedades estatais.
Benefícios da privatização
Existem diversos argumentos pró e contra a privatização. Aqueles que defendem a prática de privatização argumentam que graças à concorrência e busca pelo lucro, os serviços tendem a melhorar exponencialmente. Além disso, em caso de prejuízo, o custo não vai para o bolso do contribuinte e sim para o empresário que administra o bem público. Além disso, um dos argumentos para a privatização é que o Estado deve ser pequeno e cuidar das coisas que são básicas, como Educação, Saúde e Transporte Público, sem se meter em empresas cujos fins deveriam ser lucrativos. Segundo os defensores desse argumento, quanto maior o estado, mais incompetente ele é e assim é benéfico retirar empresas e propriedades de sua posse.
Esses são os ideias do liberalismo econômico, ideologia política que acreditava na eficiência e eficácia da iniciativa privada e individual, que preza pela liberdade econômica e pela livre concorrência. Para compreender mais estes argumentos e ideais, leia o nosso artigo que explica a diferença entre o liberalismo e o socialismo. Um dos grandes defensores da privatização no Brasil foi Fernando Henrique Cardoso e, a nível mundial, podemos falar de Margareth Thatcher, antiga premier inglesa. Estes chefes de governo foram responsáveis pelo chamado neoliberalismo. Na imagem, ambos juntos em maio de 1995.
Malefícios da privatização
Aqueles que são contra o processo de privatização de bens públicos possuem também muitos argumentos. Primeiramente, eles declaram que o Estado perderá receita de um determinado bem ao privatizá-lo, deixando ele com menos capital e com menos qualidade nos serviços em que dá à população. Um dos malefícios da privatização também é, para alguns, a retirada de um bem público e que serviria à população para passar a mão do interesse privado. Isso significa que algo que era patrimônio da nação e do governo serve agora para dar lucro a um empresário. Para eles, o superávit de uma empresa deve ir para os cofres da República e não para a conta bancária dos acionistas de uma empresa.
Aqueles que são contra a privatização possuem ideais que tendem ao socialismo, ao paternalismo e ao neodesenvolvimentismo. Ao longo da história, figuras como Lênin, Hugo Chávez, Lula da Silva, Getúlio Vargas e Tony Blair se manifestaram contra as políticas de privatização, sempre se demonstrando em favor da Propriedade para o Povo, através do bem público estatal. Na imagem, trabalhadores e universitários contra a privatização da Vale do Rio Doce, em 1997, no Rio de Janeiro.
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