Psicologia

O que é o complexo de Édipo

Nicolas Santos
Por Nicolas Santos. Atualizado: 4 julho 2019
O que é o complexo de Édipo

O complexo de Édipo é um dos conceitos da Psicanálise fundamentais, desenvolvidos por Freud. Este conceito, se situa logo após a fase fálica, a terceira fase do desenvolvimento psicossexual do ser humano e refere-se à uma "disputa", que envolve amor e repúdio entre a criança e o progenitor do sexo oposto e do mesmo sexo, respectivamente.

Este complexo é essencial no desenvolvimento da psicossexualidade da criança, sendo universal e comum aos seres humanos e, podendo sofrer alterações de acordo com as crises, como explica a psicanálise. Neste artigo, umComo te ensina o que é o complexo de Édipo.

 

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Índice

  1. A tragédia de Sófocles - Origem do nome Complexo de Édipo
  2. Definição
  3. Desenvolvimento sexual

A tragédia de Sófocles - Origem do nome Complexo de Édipo

O nome "Complexo de Édipo" foi escolhido por Freud baseado numa história, ou melhor, tragédia da mitologia grega de Sófocles, em meados do século V a.c. Na tragédia de Édipo Rei, sem que ele soubesse que Jocasta, a mulher com quem casou, era a sua mãe, e o fez após assassinar o próprio pai, sem saber da verdade. Assim que o fato se torna conhecido por Édipo, ele arranca os próprios olhos enquanto a mãe se suicida.

A parte do arrancar dos olhos e suicídio não entra muito no nosso conceito do complexo e sim, o que levou ao acontecimento. O ato do filho se apaixonar pela mãe, demonstrando o amor inconsciente e o assassinato do pai, o ódio, também inconsciente.

Definição

O Conceito de Édipo é conseguinte à fase fálica, onde o termo - fálico, pênis, isto é Grécia antiga - , que também se aplica às meninas (Complexo de Electra), trata-se da fase do descobrimento do órgão sexual. Nesta segunda fase a criança desperta sentimentos opostos em relação aos progenitores, que são aqueles mais próximos a ele.

Normalmente ela se sente atraída pela pessoa do sexo oposto e conserva um sentimento de repúdio à pessoa do mesmo sexo. Este processo tem seu início muito cedo, por volta dos três anos de idade mas se torna mais relevante na fase mais crescida, onde a criança não pode mais dormir com os pais, andar nu e passa por uma espécie de castração dos seus desejos.

Esta fase é uma das principais que define o seu comportamento sexual na idade adulta, geralmente a pessoa sente atração pelo qual do sexo oposto, porém isto pode mudar, em casos onde ela tem medo de perder um pai ou mãe, no caso de um divórcio, e esta talvez seja uma das causas do comportamento homossexual*.

*Devemos dar atenção a este ponto. De acordo com a psicanálise, a pessoa não nasce homossexual mas também não se trata de uma questão de opção. Pode parecer repetitivo mas a maioria das atitudes dos adultos refletem a sua fase infantil, como foi criado, os traumas que sofreu e por quais situações passou, de risco ou não. Ainda assim, não podemos provar ao certo qual a origem da homossexualidade, entretanto, questão de escolha nós podemos afirmar que não é, assim como a de doença - como propaga a igreja protestante e alguns de seus seguidores. Mas este, é um assunto para outro artigo.

Desenvolvimento sexual

O complexo de Édipo permite, durante a infância, que o indivíduo transgrida da esfera do intuitivo e impulsivo para o universo cultura, para aprender a conviver em sociedade. Esta é, a etapa final deste complexo. Quando a criança começa a ser minada até reprimir o seu comportamento ou aprender a controlar as suas vontades quando rodeada de pessoas.

As pessoas que não conseguem realizar esta mudança, do instintivo para o cultural, podem entrar em um quadro de auto-repressão e inquietação psíquica (Ninfomanismo). Para que a pessoa possa vir a reprimir a sua libido - e de certa forma ela deve, quando na fase infantil e juvenal temos constantes formas de bullying atuando com todo o tipo de característica que pareça invulgar - ela passa por um mecanismo simbólico de castração.

Com os sentimentos ocultos, a pessoa sente que pode agora se enquadrar na sociedade sem que as pessoas ou seus parceiros configurem-na como praticante de tabu. Deixando seus vestígios incestuosos para trás, optando por um estilo de vida mais social e inconsciente.

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