Mulheres mais importantes da história

Não há dúvida de que Marie Curie (1867-1934) foi uma das mulheres que fizeram história e uma das mulheres mais influentes da história, pois sua contribuição à ciência e à medicina foi extraordinária, em um contexto em que, é preciso lembrar, a pesquisa foi um campo praticamente fechado ao gênero feminino.

Marie, de origem polonesa e nacionalidade francesa, com a colaboração do marido, também cientista, conseguiu isolar dois novos elementos: o rádio e o polônio, dando forma também a um novo conceito até então desconhecido: a radioatividade. Pioneira absoluta na Física, na Química e nas primeiras investigações e tratamentos contra o câncer, ela ganhou duas vezes o Prêmio Nobel e, em muitos aspectos, mudou o mundo.

A escritora francesa Simone de Beauvoir (1908 – 1986) é uma das personalidades femininas que marcaram a história e uma das filósofas mais importantes do século XX. Ela é considerada uma precursora do feminismo, mas seu pensamento complexo vai além e se destaca, sobretudo, por sua visão existencialista do mundo e do ser humano, coincidindo em algumas ideias e argumentações com Jean Paul Sartre, seu companheiro de anos.

O segundo sexo, onde ela expõe a necessidade da mulher conquistar a igualdade de direitos, é uma das obras-primas da grande pensadora, sempre atenta às mudanças do novo século. Mas a sua obra é extensa e inclui também ensaios, romances e numerosas monografias sobre as questões que mais a preocupam. Nelas ela deu sua opinião e refletiu através de suas palavras. A Cerimônia de despedida, A Mulher desiludida ou Os mandarins também são obras notáveis.

Clara Campoamor (1888 – 1972) foi uma advogada, escritora e política espanhola cuja importância histórica reside não só na defesa dos direitos das mulheres em geral que exerceu, mas também na sua luta pela conquista da independência feminina como base indispensável para uma democracia plena.

Juntamente com Victoria Kent, foi uma das primeiras deputadas espanholas, conquistando seu assento nas eleições de 1931, na Segunda República. Além de sua defesa do voto feminino, ela também lutou no Partido Radical por direitos como o aborto ou o divórcio.

Madre Teresa de Calcutá (1910 – 1997) não foi apenas uma freira católica canonizada em 2015, mas uma das mulheres importantes na historia, já que abriu os olhos do mundo para a importância de cuidar dos mais necessitados. De origem albanesa, embora nacionalizada na Índia, onde desenvolveu grande parte do seu trabalho, Teresa de Calcutá fundou nesta cidade a congregação das Missionárias da Caridade, ordem que não parou de agregar missionárias desde a sua fundação.

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1979, sua defesa dos mais pobres, por amor, lhe rendeu o carinho e o respeito da comunidade internacional, sendo uma das mulheres mais influentes do século XX, apesar de sua humildade e simplicidade.

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Que o espírito de aventura e a necessidade de descobrir e alcançar novos horizontes não é exclusividade dos homens, prova a vida de Amelia Earhart, a primeira mulher a sobrevoar o Oceano Atlântico. Nascida no Kansas em 1898, sua paixão por voar a levou a se tornar uma pioneira da aviação, trazendo seu amplo conhecimento e experiência para o desenvolvimento do que viria a ser o transporte do futuro.

Em 1932, ela fez a travessia solo do Atlântico (anteriormente apenas Charles Lindbergh havia feito isso) e também foi a primeira aviadora a voar com sucesso da ilha do Havaí para o continente americano. Defensora ativa dos direitos das mulheres, ela desapareceu em 1937 quando tentava completar uma volta ao mundo em seu avião. Um mistério que aumentou sua lenda.

Não há dúvida de que a recém falecida Rainha Elizabeth II da Inglaterra (1926 - 2022) foi uma das mulheres mais influentes da história do século passado. Ela foi a rainha mais longeva do Reino Unido e muitas situações ela teve que enfrentar, desde a independência da maioria das colônias até o Brexit. A sua influência, durante as sete décadas do seu reinado, em que tratou dos assuntos do seu país e do mundo com 15 primeiros-ministros, fizeram dela uma mulher cuja importância histórica é evidente.

Se o nome de Coco Chanel está relacionado a alguma coisa, são os designs de alta costura, mas Gabrielle Bonheur Chanel (1883 – 1971) foi muito mais do que uma rainha da moda. Mulher empreendedora, responsável por seus atos, ela promoveu uma 'revolução' na percepção das mulheres através de algo aparentemente superficial: seus vestidos.

Acabou com o espartilho (declaração de intenções) e com os vestidos pomposos, pois já durante a Primeira Guerra Mundial, Coco passou a apostar em peças de corte masculino adaptadas à estética feminina com total sucesso, a que se seguiram linhas de bolsas e outros acessórios, perfumes, joias... Chanel criou não apenas uma fortuna, mas um império cujos ecos permanecem até hoje.

Rosalind Franklin (1920 – 1958) é mais um exemplo do injusto esquecimento a que foram obrigadas muitas mulheres cientistas, porque as investigações desta química e cristalógrafa britânica foram o ponto de partida para compreender e completar a estrutura molecular do ADN. Ela foi a autora do que é conhecido como 'Foto 51', uma primeira 'pista' de como essa estrutura básica poderia ser para a vida de uma pessoa e uma chave para inúmeras descobertas médicas subsequentes.

A façanha da soviética Valentina Tereshkova vai além do nosso Planeta, pois ela foi a primeira mulher a viajar ao espaço sideral e a fazê-lo sozinha. O cosmonauta e engenheiro pilotou a espaçonave Vostok 6 em 1963, participando assim de forma ativa e transcendental da corrida espacial. Ela passou três dias sozinha no espaço, completando 48 órbitas terrestres até que, finalmente, fez a descida de paraquedas de uma altura de 6.000 metros e chegou ao Cazaquistão. Este 'teste' para verificar a resistência das mulheres no espaço, foi mais do que aprovado. Após o sucesso de sua missão, Valentina iniciou sua carreira política e seguiu ocupando cargos importantes na Rússia.

A pintora mexicana Frida Kahlo (1907 - 1954) é uma referência não só no mundo da arte, mas também naquela sociedade em transformação do início do século XX, na qual o novo papel da mulher ainda estava por ser definido. Defensora de sua terra, das tradições mexicanas e da liberdade, foi uma mulher transgressora em todos os sentidos e a primeira mexicana a expor sua obra no Museu do Louvre. Referência do feminismo atual, Frida expressa por meio de sua arte a força desse movimento imparável, capaz de mudar a sociedade.

Agora que você conhece as Mulheres mais importantes da história, te convidamos a ler este artigo sobre Tipos de feminismo.

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