Nomes indígenas femininos
Os grupos indígenas que se encaixam na categoria Tupi-Guarani são dos mais diversos, ocupando parte do território de países da América do Sul como o Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Argentina.[1] Quando pensamos em populações indígenas, esse é o primeiro dos grupos que nos vêm a cabeça e, em razão de sua conexão com a natureza e grande dispersão no território latino-americano, existem diversos nomes indígenas tupi-guaranis que são belos não apenas no som mas também no significado. Além dos indígenas originários do Brasil e adjacências, outros grupos nativos da América do Norte têm diversos nomes que são bastante utilizados e que poderão te inspirar a encontrar o nome perfeito que você procura.
Se você se interessa pela cultura e está procurando nomes indígenas femininos (e significados), descubra diversos nesse artigo do umCOMO!
Nomes tupi-guaranis
Escolher nomes indígenas femininos poderá ser uma boa opção caso você esteja procurando um nome que traga a força e beleza da natureza. As opções são diversas e podem expressar tanto qualidades físicas como a beleza, quanto aquelas de caráter como a capacidade protetora e força, além de ser uma bela homenagem às culturas nativas de nosso país.
Veja abaixo uma lista com nomes femininos indígenas,
- Aimara: "vegetação";
- Aiyra: "filha";
- Amana: "água que brota do céu" (chuva);
- Amanara: "dia chuvoso";
- Amanayara: "amada pela chuva";
- Anahí: "aquela cuja voz é doce";
- Araci: "a mão do dia", "aurora";
- Boyrá: "objeto precioso";
- Buriti: "árvore da vida";
- Capotira: "flor do mato";
- Coema: "início do dia";
- Eirapuã: "estrela";
- Guaraciara: "pássaro que tem luz como o sol";
- Iara: "senhora das águas", também nome da famosa sereia mitológica. Também escrito "Yara";
- Inaiê: "águia solitária";
- Inema: "águas calmas";
- Ipanema: "lago turvo";
- Iracema: "lábios de mel";
- Itapema: "pedra";
- Itaúna: "pedra escura";
- Iúna: "rio de águas escuras";
- Jaci: "Lua";
- Jaciara: "senhora da Lua"
- Janaina: "protetora do lar", "rainha dos mares", "mãe dos peixes";
- Jandira: "abelha que faz mel"
- Jupira: "planta que alimenta"
- Juraci: "boca de mãe";
- Jurema: "árvore que possui espinhos de cheiro desagradável";
- Jussara: "aquela que tem espinhos";
- Kaolin: "jovem e bela indígena";
- Kauana: "guardiã de segredos";
- Kauane: "comprida", "longa";
- Kuaana: "perfume doce";
- Lauany: "forte e poderosa";
- Mayara: "bisavó", "senhora", "bicho";
- Moema: "aquela que adoça";
- Nadi: "mãe";
- Naná: "fruto de odor forte";
- Niara: "determinada em seus propósitos"
- Nina: "menina", "protetora da fertilidade e mares", "graciosa";
- Poranga: "beleza";
- Potira: "flor";
- Raíra: "humana";
- Raruama: "obstáculo";
- Suyane: "flor de lírio";
- Tainá: "estrela da manhã
- Thaynara: estrela iluminada;
- Tauane: "astros celestes";
- Uyara: "dona", "dominadora";
- Vivá: "forte como a natureza".
Como você pôde reparar, muitos dos nomes tupi femininos citados são de conhecimento geral e estamos costumados a ver e ouvir no dia a dia, ainda que não saibamos serem esses nomes de origem indígena. Outro exemplo interessante da mesma ideia são os nomes indígenas de animais como capivara, tamanduá e pirarucú, que utilizamos sempre sem refletir sobre suas origens. Ainda falando sobre nomes, a cultura nativa está muito presente em nossas vidas, de forma que é possível ver relação entre língua e cultura também na nomenclatura de cidades, a chamada toponímia[2], e também em nomes pessoais. A variedade cultura brasileira é grande e deve ser admirada sob todos seus aspectos.
Também muito presentes no Brasil, as culturas de matriz africana podem ser encontradas entremeadas à cultura nacional de diversas formas, o que inclui nomes. Para aprender mais, veja nomes africanos e seus significados.
Nomes indígenas americanos
Assim como o Brasil, os Estados Unidos da América são um país de população nativa indígena cuja cultura influenciou e influencia até os dias de hoje na cultura da nação, tendo até mesmo influenciado culturas europeias por meio daqueles que retornaram ao continente do outro lado do Oceano Atlântico.[3]Termos de origem nativo-americana estão presentes e espalhados por todo o mapa do dos Estados Unidos da América, o que inclui estados, cidades, lagos, montanhas e rios[4], isso sem contar costumes e também nomes indígenas que, assim como no Brasil, estão enraizados na cultura a ponto de ser difícil diferenciá-los sem que antes façamos uma boa pesquisa.
Veja abaixo uma lista com alguns nomes de origem indígena americana:
- Abey: "folha";
- Aiyana: "eterno desabrochar";
- Alona: "carvalho" (árvore);
- Amitola: "arco-íris";
- Aponi: "borboleta";
- Aquece: "paz";
- Ayita: "trabalhadora";
- Bly: "alta", "esguia";
- Chenoa: "pomba branca":
- Dakota: "amiga":
- Dyani: "querida";
- Enola: "flor de magnólia";
- Etania: "próspera";
- Fala: "corvo";
- Halona: "afortunada";
- Huyana: "chuva que cai";
- Istas: "neve";
- Kashine: "dançarina sagrada";
- Koko: "noite";
- Meda: "sacerdotisa";
- Miakoda: "poder da Lua";
- Minda: "conhecimento";
- Mitena: "Lua nova";
- Nita: "ursa";
- Olathe: "bela";
- Onida: "a esperada";
- Sakari: "doce";
- Satinka: "mágica dançarina";
- Shako: "menta";
- Taborri: "a voz que carrega";
- Tacincala: "veado";
- Taima: "ruído do trovão";
- Tainn: "Lua nova";
- Takoda: "amiga de todos";
- Tala: "loba perseguidora/caçadora";
- Tama: "raio";
- Tehya: "preciosa";
- Wapeka: "cheia de conhecimentos";
- Winema: "chefe", "coordenadora";
- Zaltana: "montanha alta".
Olhando os nomes acima podemos perceber que as culturas nativas do território que hoje chamamos de Estados Unidos da América tem, assim como as tupi-guaranis, bastante conexão com a natureza, o que pode ser um ótimo caminho caso você estiver procurando um nome que faça referência às belezas e forças naturais.
Por serem grupos que vivem em harmonia com a natureza, vemos que a presença de referências do tipo nos nomes são não apenas uma coincidência, mas um reflexo da forma que tais grupos vivem, o que pode nos servir até mesmo como fonte de aprendizado.
Veja também: Como descobrir o animal de poder ou animal espiritual
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- NEVES, W. A.; BERNARDO, D. V.; OKUMURA, M.; de ALMEIDA, T. F.; SATRUSS, A. M. Origem e dispersão dos Tupiguarani: o que diz a morfologia craniana? Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, Vol. 6, nº 1, pp. 95-122, Belém, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v6n1/a07v6n1. Acesso em 30/03/2020.
- de MELO, P. A. G. Toponímia indígena: um estudo lexical dos nomes do municípios alagoanos de étimo tupi. Veredas Favip - Revista Eletrônica de Ciências, Vol. 6, nº 1, 2013. Disponível em: http://veredas.favip.edu.br/ojs/index.php/veredas1/article/view/51/157. Acesso em: 30/03/2020.
- HALLOWELL, A. I. The Impact of the American Indian on American Culture, University of Pennsylvania, 1957. Disponível em: https://anthrosource.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1525/aa.1957.59.2.02a00020. Acesso em: 30/03/2020.
- Native American Contributions. Natural Resources Conservation Service. Disponível em: https://www.nrcs.usda.gov/Internet/FSE_DOCUMENTS/nrcs141p2_024206.pdf. Acesso em: 30/03/2020.