Quais são as maiores favelas do Rio de Janeiro

Quais são as maiores favelas do Rio de Janeiro

Onde existe riqueza, existe pobreza, e no Brasil ela é visível sobretudo nas favelas. Se você está procurando saber quais são as maiores favelas do Rio de Janeiro, neste artigo de umComo.com.br apresentamos-lhe a resposta! Na "cidade maravilhosa" as favelas são centenas, distribuídas em bairros, complexos ou simplesmente avulsas, e estima-se que cerca de 22% da população do Rio de Janeiro more nessas residências precárias. Continue lendo e descubra quais as maiores!

 

Complexo do Alemão

Na zona norte do Rio de Janeiro encontra-se o Complexo do Alemão, um bairro de favelas limitado por Olaria, Inhaúma e Bonsucesso, que já foi considerado o mais violento da cidade. Atualmente, graças às unidades de polícia pacificadora que aí têm atuado desde 2011, observa-se uma diminuição dos índices de violência.

Segundo o Censo Demográfico de 2010, o Complexo do Alemão é povoado por 69 143 habitantes, em uma área de 296,09 hectares na Serra da Misericórdia. Sua origem está relacionada com a fixação nesse local de vários operários durante a década de 1920, devido à instalação do Curtume Carioca, uma antiga indústria de curtição de couro situada nas imediações.

 

Complexo da Maré

Situado na zona norte do Rio de Janeiro, o Complexo da Maré trata-se de um conglomerado de bairros de favelas e conjuntos habitacionais que totalizam cerca de 129 770 habitantes em uma área total de 426,88 hectares. É fruto de aglomerados urbanos impulsionados na década de 1940 pela abertura da Avenida Brasil e formados por pessoas expulsas de outras áreas.

Localizados à margem da Baía de Guanabara, os atuais bairros eram, noutros tempos, caracterizados pela presença de manguezais, vegetação que veio a desaparecer devido ao crescimento das palafitas, construções sobre estacas de madeira. Por volta de 1982, como consequência do Projeto Rio, os habitantes das palafitas foram gradualmente transferidos para casas pré-fabricadas por volta de 1982, formando o conjunto habitacional Vila do João.

 

Rocinha

A Rocinha é a maior favela do Brasil e a maior da América Latina, albergando quase 70.000 pessoas em uma área de 143,72 hectares, delimitada por Gávea, São Conrado e Vidigal. A população começou a crescer significativamente a partir de 1940, com ocupações ilegais e devido ao aumento da migração nordestina para o Rio de Janeiro.

Situada na zona sul do Rio de Janeiro, a Rocinha chegou a ser uma favela muito perigosa. A situação tem vindo a ser controlada desde 2011 graças a uma grande operação levada a cabo pelas forças armadas brasileiras e pelas polícias do estado, que atualmente têm espalhadas 80 câmeras de vigilância por toda a comunidade.

 

Rio das Pedras

Rio das Pedras é considerada a segunda maior favela do Rio de Janeiro, com 54.793 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2010. Oficialmente não é reconhecida como favela mas sim como parte do bairro Jacarepaguá, que a delimita juntamente Itanhangá e Anil, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Tal como aconteceu com a favela da Rocinha, sua ocupação cresceu a olhos vistos com a formação de comunidades de migrantes nordestinos, por volta da década de 70. Em 1979 a população se organizou para pagar a policiais que impedissem o bairro de ser tomado por traficantes ou outros tipos de criminosos. Graças a essa iniciativa, atualmente o Rio das Pedras é uma das favelas que apresenta menores índices de violência.

 

Jacarezinho

Situado na zona Norte do Rio de Janeiro, junto à via férrea e a Manguinhos, a favela do Jacarezinho é considerada também uma das maiores favelas da cidade. Segundo dados de 2010, conta com 37 839 habitantes em 94,39 hectares.

Até 2012, Jacarezinho era marcado pela grande violência decorrente do consumo e tráfico de drogas por parte de gangues, situação que tem vindo a acalmar devido a uma operação de pacificação realizada nesse ano, com vista à implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local. Atualmente a comunidade conta com o efetivo de cerca de 543 policiais.

 

Manguinhos

Manguinhos é um mais um bairro com favelas localizado na cidade do Rio de Janeiro, albergando um total de 36 610 habitantes em uma área de 261,84 hectares, de acordo com os Censos Demográficos de 2010.

Se destaca por abrigar o Pavilhão Mourisco, um dos únicos edifícios em estilo neo mourisco no Brasil, e devido aos seus altos níveis de violência, sobretudo na Rua Leopoldo Bulhões, decorrentes de conflitos armados entre quadrilhas de traficantes rivais ou entre traficantes de drogas e policiais. Como consequência, operações de pacificação têm vindo a ser colocadas em prática desde o ano de 2012.

 

Vidigal

A favela do Vidigal é uma das mais cobiçadas no Rio de Janeiro devido à sua localização, que proporciona uma vista privilegiada para as praias da zona sul da cidade, Ipanema e Pão de Açúcar. Situa-se no Morro Dois Irmãos, entre os bairros ricos do Leblon e São Conrado, e possui uma população de 12 797 pessoas distribuídas por 162,14 hectares.

Com a chegada do ano 2000, chegou também um importante período de mudança para Vidigal, iniciado com a expulsão do tráfico de drogas e início do projeto de urbanização, que tem em vista o potencial imobiliário e turístico do local.

 

Vila Cruzeiro

Localizada no bairro da Penha, Vila Cruzeiro é atualmente uma das favelas mais violentas do Rio de Janeiro, devido a episódios como o assassinato do jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, em 2002.

A favela surgiu no século 19, com a fixação de escravos fugidos que aí encontraram a proteção do Padre Ricardo, um padre abolicionista da Igreja da Penha. Por essa razão Vila Cruzeiro ficou inicialmente conhecida como o Quilombo da Penha.

Apesar da inauguração em 2012 de mais uma nova Unidade de Polícia Pacificadora, do Complexo da Penha, e da presença de 520 policiais militares, o clima ainda é tenso em Vila Cruzeiro.

 

Mangueira

No zona central do Rio de Janeiro encontra-se a favela da Mangueira, com 17,835 habitantes em uma área de 79,81 hectares, da qual o grande atrativo é a escola de samba "Estação Primeira de Mangueira".

A ocupação de Mangueira se deu após o falecimento a 1884 do Visconde de Niterói, proprietário do morro, com instalação de barracões e moradias para alugar. A população cresceu com a fixação de militares despejados da Quinta da Boa Vista, vítimas do incêndio de 1916 no Morro de Santo Antônio, no centro da cidade, mineiros e nordestinos à procura de trabalho em 1930.

Tal como em muitas outras favelas, também a da Mangueira tem o seu histórico de violência e tráfico de drogas, porém controlado a partir de 2011 com a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora da Mangueira.

 

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