O que é Iconoclastia

O que é Iconoclastia
Imagem: straws.com.br

Existem alguns termos que estão sempre presentes em jornais, documentários, registros históricos e obras literárias que talvez não conheçamos. Esses termos, certas vezes, podem nos causar confusão por serem essenciais aos textos que estamos lendo. Muitas pessoas sentem isso com a palavra iconoclastia.

Nesse artigo, vamos compreender a origem e a utilização do termo iconoclastia, que já passou por diversas transformações semânticas durante a história da humanidade. O que é um iconoclasta? Quem foram os iconoclastas? Quem eram os ícones? Para entender na totalidade o que é iconoclastia, continue lendo esse que umComo.com.br desenvolveu.

Iconoclastia historicamente

No início do século VIII, o Império de Bizâncio, em Constantinopla, iniciou um movimento político e religioso que buscava a eliminação de imagens da fé cristã. Esculturas ou pinturas de passagens bíblicas, afrescos da imagem de Jesus ou até representações de entidades santas foram proibidas.

Esse movimento foi chamado de Iconoclasmo. A justificativa dos defensores do movimento era a seguinte: os pagãos tinham imagens para representar os seus deuses, logo, seria um pecado representar Deus ou a santidade pelo simples motivo de que ele é superior a qualquer imagem que o homem pode executar.

Mas como em todas histórias que conhecemos, tudo era uma jogada de poder. O cristianismo tinha dois empecilhos contra si: o Judaísmo e o Islamismo. Ambas as religiões não permitem imagens da sua fé e para se assemelhar com essas doutrinas, a Igreja Cristã iniciou o movimento da Iconoclastia para conseguir mais fiéis e mais proximidade com as outras religiões monoteístas.

Existe também um motivo político dentro da cidade de Bizâncio que pode ser uma causa da realização da Iconoclastia. Os mosteiros e catedrais vendiam afrescos, telas e esculturas. Naquele momento, esse era um dos maiores mercados dentro do Império Bizantino. Os imperadores, com medo de dar muito poder econômico à Igreja, se uniram a alguns bispos e formaram o processo iconoclástico.

Porém, a questão é que os fiéis cristãos gostavam de adorar imagens porque as achavam bonitas. Sendo assim, a popularidade dos imperadores iconoclastas caía e só caía. Depois de diversas reuniões da Igreja, alguns concílios de definição e um patriarca bizantino populista (similar a um papa), Metódio I, finalizaram a Iconoclastia e excomungaram os iconoclastas da Igreja Cristã.

Na imagem abaixo, vemos A Santa Ceia de Leonardo da Vinci, de 1498. Se a iconoclastia houvesse perdurado durante muito tempo, a arte não teria diversos quadros, como por exemplo esse, considerado uma obra-prima da pintura até hoje.

Imagem: wikimedia.org

O significado atual da Iconoclastia

Olhando pelo aspecto da etimologia, Iconoclastia vem do grego icon (ícone) e klasmos (despedaçar, quebrar), ou seja, "quebrar os ícones". Esse significado permite diversas interpretações e quando falamos de iconoclastia, o termo pode ter dois sentidos práticos.

Algumas pessoas se declaram iconoclastas no sentido da destruição da adoração à pessoa. Nesse sentido, são pessoas que alegam que a adoração à pessoas é maléfica e que a iconoclastia é a desqualificação dessas pessoas que são adoradas. Segundo eles, a existência de ídolos ou ícones dentro da sociedade é maléfica.

Na cultura popular, principalmente dentro da comunidade da Igreja Ortodoxa, aquele que é iconoclasta é aquele que não tem respeito pela fé alheia e que a desrespeita constantemente, com objetivo de destruí-la e desqualificá-la. Esse seria o sentido pejorativo de iconoclasta, raro, porém ainda existente.

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