Como o Brasil se tornou independente

Como o Brasil se tornou independente
Imagem: pt.wikipedia.org

Você sabia que a independência do Brasil, na verdade, começou a se desenhar muito antes de quando Dom Pedro I proclamou o fim dos nossos laços coloniais com Portugal, às margens do Rio Ipiranga?

Neste artigo, o umComo.com.br vai contar quais foram as transformações de ordem política, econômica e social que abriram portas para que a independência do nosso país se tornasse realidade. Entenda e tire todas as suas dúvidas sobre como o Brasil se tornou independente.

A chegada da Família Real portuguesa no Brasil

Logo após a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte em Portugal, a Família Real portuguesa fugiu de seu país de origem em direção ao Brasil. Esses membros da família estavam sob comando do D. João VI. Sua presença no Brasil causou diversas consequências para o nosso país, influenciando e mudando fatores sociais e culturais no Rio de Janeiro, onde estavam morando. Como principais consequências, podemos citar a abertura econômico e a troca de mercadores.

Abertura dos portos do Brasil para o mundo

Resumindo, D. João VI foi o responsável pela abertura dos portos brasileiros para o mundo, tornando o Brasil um país com perspectivas de crescimento. Falando de economia, essa medida foi o primeiro passo para o “grito de independência”. Pois foi quando parou de estar atrelada ao monopólio português imposto pelo antigo acordo colonial. O resultado? Os comerciantes e agricultores brasileiros começaram a enriquecer. O volume de negócios cresceu como nunca. E a elite estava enchendo seus bolsos. Dessa forma, o Brasil e suas regiões deixaram de operar como “colônia” e passaram a cada vez mais assumir funções de “metrópole”.

Revoltas e revoluções

Com tantas mudanças de peso para o bolso da elite brasileira, um sentimento separatista foi se instaurando pelo Brasil. Os membros da elite perceberem que poderiam ficar mais ricos ainda se não houvesse controle algum de Portugal sobre o Brasil. Neste mesmo período, outras revoltas tendo em comum este mesmo interesse de separação. Enquanto isso, Porto (Portugal) estourou em rebelião. Os efeitos foram sentidos no Brasil, aumentando a oposição que havia se instaurado quanto ao domínio da corte portuguesa. D. João VI, então, voltou a Portugal, deixando seu filho Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon como príncipe regente do Brasil. Já em Portugal, a revolta era pelo interesse oposto. Os comerciantes portugueses queriam que o Brasil voltasse a ser colônia em termos econômicos, para que não tivessem mais tantos privilégios no meio do comércio. E, como um ciclo, isso desagradava ainda mais a elite brasileira.

“Dia do Fico"

Em 02 janeiro de 1822, o então príncipe regente Pedro foi chamado de volta ao seu país. Porém ele se negou a voltar, defendendo a vontade do povo brasileiro (na verdade, da classe que dominava a política e a economia do Brasil). Esse dia é o famoso “Dia do Fico”! Essa atitude acabou intensificando ainda mais os conflitos entre os dois países.

A Declaração da Independência

Os conflitos foram ficando ainda mais intensos até que qualquer ação tomada pudesse fugir de controle da elite. Por isso, com o objetivo de manter o país inteiro e intacto de acordo com os desejos da classe dominante, e assim evitando qualquer divisão interna como aqueles que ocorreram nas colônias espanholas, o príncipe regente Pedro decidiu que iria proclamar a Independência. A data foi 07 de setembro de 1822. A declaração ocorreu às pressas no Rio Ipiranga, enquanto o príncipe regente Pedro fazia uma viagem a São Paulo. Sua famosa frase “Independência ou Morte!” foi dita afim de romper os laços da união política com Portugal.

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As consequências da Independência do Brasil

Como resultado, o Brasil passou a ser considerada uma monarquia independente de Portugal e seu príncipe virou o o imperador D. Pedro I. Seu feito e sua fama o tornaram um herói nacional popular. Pinturas suas foram espalhadas por livros de história durante muitos anos. Porém, é importante não deixar de ressaltar que a independência de nosso país teve como principal força motriz as vontades da classe dominante, que queria cortar qualquer laço com Portugal na tentativa de tornar a liberdade ainda mais lucrativa. Dessa forma, a partir desta data, os grupos dominantes e a elite do Brasil passaram a ditar o rumo do país.

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