Como fazer um comentário de texto

Como fazer um comentário de texto

Fazer um comentário de texto é uma atividade muito comum na escola secundária, já que faz parte de uma das provas do vestibular, portanto fazer um bom comentário de texto pode ajudar a tirar uma nota melhor nessa prova. Nós da umComo.com.br queremos ensinar como fazer um comentário de texto. Depois da leitura de um texto (atividade interpretativa em si), vem o comentário, que é muito diferente segundo a metodologia da ciência de que se trate.

Passos a seguir:
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A primeira coisa a fazer é ler o texto de forma ágil, para entender a ideia geral. Neste momento, é preciso desfrutar da leitura e não analisar a cada aspecto do texto, mas entender o conceito geral.

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Depois devemos fazer uma leitura pormenorizada e atenta do texto. Podem-se sublinhar (a gosto do aluno ou com apoio do professor) os termos mais importantes, tomar nota (em uma folha à parte) das ideias que se nos venham à cabeça, tanto as diretamente relacionadas com o texto como as que se referem a dados gerais do autor.

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Uma vez que temos um entendimento terminológico do texto, se trata de localizar qual é o assunto de que trata o texto. O aluno deveria perguntar-se: De que trata o texto? Esta pergunta pode ser respondida de várias maneiras ao mesmo tempo:

  • Pode-se tentar procurar um título para nosso comentário.
  • Pode-se fazer uma lista dos problemas que trata, simplesmente parafraseando o texto e tentando explicar com palavras acessíveis, mas apropriadas (se é possível dentro do vocabulário técnico filosófico) o tema do que trata o autor.
  • Outra forma de indicar que se sabe do que fala o texto é enquadrá-lo dentro de uma disciplina (Psicologia, História, Metafísica, Ética, Gnosiologia, Teologia, etc.).
  • Pode-se indicar também que pretende o autor desde o ponto de vista filosófico? Conhecer a realidade: Gnosiologia /Ontologia.
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Após interpretar, entender e assimilar o texto, devemos começar a elaborar o comentário de texto. Durante a redação do comentário, devemos colocar toda a informação que preparamos na fase anterior, distribuindo-a da melhor forma. É preciso limitar-se às perguntas e situar a informação onde corresponda, tentando não repetir o mesmo em cada resposta. O erro mais frequente é a desordem no desenvolvimento da exposição. Para evitá-lo, o melhor é antes de começar a escrever fazer um roteiro de tudo o que anotamos quando líamos o texto. Para isso, podemos seguir os seguintes passos:

  • Podemos listar ou classificar os conceitos teóricos mais característicos do autor.
  • Podemos comentar por separado cada um desses termos no contexto da doutrina do autor e, ao mesmo tempo, mostrar as dificuldades de interpretação.
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Resumir as ideias mais importantes. Trata-se de dar uma explicação coerente do conteúdo do texto. A seção onde pedem que se exponha o conteúdo do texto deveria ser composta de diferentes partes, que você teria que comentar e analisar.

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Contextualização do texto na obra do autor: convém começar com a pergunta de relação (na qual se deve relacionar o texto com o pensamento do autor) com uma breve referência ao autor, bem como ao período histórico e contexto filosófico em que viveu. Nesta pergunta, é preciso detalhar a filosofia do autor a partir das ideias encontradas em um mesmo texto, e não expor a filosofia do autor como se se tratasse de um tema a desenvolver. Passos a seguir:

  • Enquadrar o fragmento na obra do autor e a obra no sistema do autor. Comparar com outras obras de maior ou menor maturidade.
  • Dizer se o autor mudou de opinião sobre esses temas do texto posteriormente ou não, etc.
  • Podem-se listar as ideias mais conhecidas do autor, desde que se tome como ponto de apoio as ideias que aparecem no texto.
  • Contextualização do autor na época histórica. Aludir às circunstâncias sociais, políticas e econômicas e culturais que contribuíram à produção dessa obra.
  • Não deixar de mencionar também as possíveis influências que de outros autores filosóficos tem tido o autor nesse texto.
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Comentário crítico. Dever-se-ia enriquecer o comentário:

  • Propor as dificuldades de interpretação com objecto de descobrir incoherencias ou contradições com outras obras, etc.
  • Discutir o conteúdo do texto supondo alternativas opostas (Ex.: se o autor não partisse destes orçamentos então chegaríamos a estes outros e não cairíamos nestes problemas e resolveríamos estes outros).
  • Comparar com outros autores ver que respostas têm dado ao mimo problema. Em nenhum caso devem fazer-se valorações subjetivas como: "estou de acordo com o que diz" , "está bem o que diz".

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Conselhos
  • É imprescindível uma adequada apresentação formal.
  • Não pode ter faltas de ortografia. Uma apresentação pouco cuidada, bem como a existência de erros sintácticos ou falta de coerência desmerece o comentário.
  • As frases não têm de ser demasiado largar nem os parágrafos demasiado extensos. Além disso há que respeitar as margens laterais e deixar espaço entre os parágrafos.
  • Há que redigir o comentário no registo adequado, evitando expressões pouco formais.
  • Um comentário melhora se podemos fazer referências literárias, artísticas ou científicas. Nossa redacção ganhará em riqueza e originalidad.