Como falar de sexualidade com os adolescentes

Como falar de sexualidade com os adolescentes

Falar com nossos filhos adolescentes sobre sexo é uma situação que, mais cedo ou mais tarde, aparece em nossas vidas. No entanto, muitas vezes por vergonha ou por desconhecimento sobre como encarar a conversa, costumamos deixar de lado esta responsabilidade ou a encaramos com pressa e de forma ineficaz. Por isso, oferecemos a você em umComo.com.br alguns conselhos sobre como falar de sexualidade com os adolescentes.

Passos a seguir:
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A regra número 1 para ter sucesso é contar antes com a confiança e o respeito dos nossos filhos. Se durante anos fomos pais despreocupados e não mostramos a eles interesse suficiente, é muito provável que encontremos rejeição da parte deles se queremos ter, de repente, uma conversa formal sobre sexo.

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Evitar o síndrome do "pai colega". Pode ser falado com naturalidade, bom humor e espontaneidade, mas é claro que os pais não são iguais, aos olhos dos nossos filhos, que seu grupo de amigos. Não podemos tentar estar à sua altura sem que eles nos olhem de forma estranha. Se logo no começo já queremos falar com suas expressões, provavelmente recebamos um sorriso cínico ou diretamente uma rejeição logo de cara.

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Aceitar e superar a parte constrangedora do assunto. Se nós mesmos podemos ficar com vergonha de falar no assunto, imagine seus filhos, que ainda vemos como crianças. Mas não podemos deixar para lá um tema tão importante na passagem da infância à maturidade por simples vergonha. O melhor é quebrar o gelo e encarar com naturalidade, e inclusive com bom humor, lembrando a eles inclusive como nós nos sentíamos quando tínhamos sua idade.

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Não intimidar. Colocar-se frente à frente e falar de sexo como se fosse um tema gravíssimo, terrível ou vergonhoso é o pior que pode fazer. É melhor começar a falar do tema com naturalidade quando se apresentar a oportunidade, por algum filme ou alguma história na televisão, um acontecimento do passado, uma música no rádio, etc. É melhor não parecer algo forçado, se possível. E se não quer personalizar nem acusar seu filho ou filha para não intimidar, você pode falar em termos gerais, e evitar assim que eles se coloquem na defensiva.

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Melhor conversar do que dar uma bronca. Que seja uma conversa nos dois sentidos, não um monólogo onde você dá conselhos ou acusa. Também é importante que seus filhos deem sua opinião e que você escute, que saiba como pensam e que eles se sintam ouvidos ou compreendidos.

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Não dar respostas de "manual". Naturalidade e sinceridade antes de qualquer coisa. É melhor não preparar esta situação com frases prontas ou situações prototípicas. Não há ninguém como você para saber como seus filhos são e de que forma pode tratá-los. Os manuais e guias para pais devem ser apenas para orientar, nunca tratados como um manual a seguir estritamente.

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Insista na importância dos métodos anticoncepcionais e na prevenção de doenças de transmissão sexual. Os jovens que iniciam sua vida sexual desde cedo, muitas vezes têm alguns conceitos não muito claros que nós assumimos como básicos. Se nos encarregarmos de explicar bem tudo isso, poderemos ficar bem mais tranquilos, ao invés de deixar que eles se informem errado, à base de rumores, boatos e meias verdades.

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Conselhos
  • Não deixe por medo ou vergonha que o seu filho/a tenha que se informar por qualquer outra via. Participe na sua formação como adultos.
  • A educação sexual não equivale a um início prematuro da vida sexual, mas ajuda sim a reduzir os casos de gravidez não desejada em relações prematuras.
  • Educação sexual também é educação afetiva e emocional. Que nossos filhos aprendam a amar e a se sentir amados.